As reações à recomendação européia de vender os computadores sem sistema operacional pré-instalado já começam a circular pela web e existem opiniões para todos os gostos.
Nesta última segunda-feira, o Instituto de Globalização, juntamente com a Comissão Européia, publicou um controverso informativo no qual foi recomendado que todos os computadores desktop e portáteis fossem vendidos sem sistemas operacionais pré-instalados. A medida permitirá dar um impulso a livre concorrência e baratear os preços para o usuário final, acabando com a prática atual que “impõe um custo adicional a praticamente todas as empresas européias”.
O CIO Jury do Silicon.news (uma entrevista realizada pelo site Silicon com cem diretores de TI e ejecutivos de companhias de informática) deu respaldo a idéia dos PCs “pelados”, mas os motivos são variados.
Carl Whitehead, diretor tecnológico da Betbrokers, acredita que vender os computadores sem um sistema operacional aumenta as opções e reduz os custos para aproximadamente um terço dos compradores. “A norma deverá decidir que se um equipamento é vendido com um sistema operacional instalado, sempre deverá haver a opção de comprá-lo sem ele, porém, com todos os aplicativos que o fabricante acredita que devem ser incluídos. Isto ajudará a limitar o monopólio dos grandes fabricantes de software, que tem interesse em reduzir opções e flexibilidades”.
Rob Neil, diretor da ICT, também concorda, mas ele acredita que os computadores sem um sistema operacional poderão acabar sendo mais caros. “É bom lembrar que os custos associados a instalação de um sistema operacional nos novos computadores são bem elevados”.
Mesmo assim, nem todo mundo está de acordo com a idéia dos PCs “pelados”. Stuart Aitke, responsável técnico da MRC (Instituto de Pesquisas Médicas da Inglaterra), perguntou: “Será que nós queremos realmente queremos construir todas as máquinas, instalar drivers ect?”.
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